terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Falta de educação política e discriminação dificultam participação feminina
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Sociologia política, comunicação e cultura
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
A mulher negra na sociedade brasileira
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Saúde Pública numa visão contemporânea
A saúde é amplamente reconhecida como o maior e o melhor recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma das mais importantes dimensões da qualidade de vida.
Saúde e qualidade de vida são dois temas estreitamente relacionados, fato que podemos reconhecer no nosso cotidiano e com o qual pesquisadores e cientistas concordam inteiramente. Isto é, a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade tenha saúde.
A Carta de Ottawa - um dos documentos mais importantes que se produziram no cenário mundial sobre o tema da saúde e qualidade de vida - afirma que são recursos indispensáveis para se ter saúde:
- paz
- renda
- habitação
- educação
- alimentação adequada
- ambiente saudável
- recursos sustentáveis
- equidade
- justiça social
Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das pessoas é saudável. Isto significa que, na maior parte do tempo, a maioria das pessoas não necessita de hospitais, CTI ou complexos procedimentos médicos, diagnósticos ou terapêuticos.
Mas durante toda a vida, todas as pessoas necessitam água e ar puros, ambiente saudável, alimentação adequada, situações social, econômica e cultural favoráveis, prevenção de problemas específicos de saúde, assim como educação e informação.
Isto quer dizer que fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos podem tanto favorecer, como prejudicar a saúde.
Para se melhorar realmente as condições de saúde de uma população - um objetivo social relevante em todas as sociedades -, são necessárias mudanças profundas dos padrões econômicos no interior destas sociedades e intensificação de políticas sociais, que são eminentemente políticas públicas. Ou seja, para que uma sociedade conquiste saúde para todos os seus membros, são necessárias uma verdadeira ação inter-setorial e as chamadas políticas públicas saudáveis, isto é, políticas comprometidas com a qualidade de vida e a saúde da população.
Além destes elementos chamados estruturais, que dependem apenas parcialmente da decisão e ação dos indivíduos, a saúde também é decorrência dos chamados fatores comportamentais. Isto é, as pessoas desenvolvem padrões alimentares, de comportamento sexual, de atividade física, de maior ou menor estresse na vida quotidiana e no trabalho, uso de drogas lícitas (como cigarro e bebidas) e ilícitas, entre outros, que também têm grande influência sobre a saúde.
Se cada pessoa se preocupar em desenvolver um padrão comportamental favorável à sua saúde e lutar para que as condições sociais e econômicas sejam favoráveis à qualidade de vida e à saúde de todos, certamente estará dando uma poderosa contribuição para que tenhamos uma população mais saudável, com vida mais longa e prazerosa.
Paulo M. Buss
Professor de Saúde Pública
Presidente da Fiocruz
Engraçado que relendo este texto revejo meu curso, e minha caminhada profissional desde 1978, pouco mudou nestes anos todos, postei e gostaria de opiniões, é tão difícil ter uma visão ampliada sobre a saúde e sociedade?
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Rua Teresa
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
As chuvas do verão e as tragédias anunciadas!
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Educação em casa
A importância da família na vida da criança
O primeiro grupo de pessoas com quem a criança, ao nascer, tem contato é a família. É interessante que logo a criança já demonstra suas preferências, seus gostos e suas diferenças individuais. Também a família tem seus hábitos, suas regras, enfim, seu modo de viver. É desse modo que a criança começará a aprender a agir, a se comportar, a demonstrar seus interesses e tentará se comunicar com esta família.
Está aí, neste círculo de pessoas que rodeiam a criança, a fonte original da identidade da criança.
Desde cedo, os pais precisam transmitir à criança os seus valores, como, ética, cidadania, solidariedade, respeito ao próximo, auto-estima, respeito ao meio ambiente, enfim, pensamentos que leve essa criança a ser um adulto flexível, que saiba resolver problemas, que esteja aberto ao diálogo, às mudanças, às novas tecnologias.
A criança já aprende desde pequena o que a mãe não gosta, o que é perigoso, o que pode e o que não pode fazer. Percebe-se, então, a importância da orientação dos pais.
À família cabe entender que a criança precisa de liberdade, mas por si só não tem condições de avaliar o que é melhor ou pior para ela mesma. A família é o suporte que toda criança precisa e, infelizmente, nem todas têm. É o sustentáculo que vai ajudar a criança a desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; não podemos transferir para a escola todo o aprendizado e comportamento social que a criança deve ter em casa na convivência com a família. A criança é o reflexo da família em seu comportamento escolar. Tenho visto nos últimos anos, a ausência da família, para a criança, ou porque a mãe trabalha fora, não tem tempo, ou o pai é ausente ou seria mais fácil transferir valores familiares para a educação infantil. O diálogo é sempre importante e as escolas tem que aglutinar a família à escola. A escola não é um reduto à parte onde só os professores dominam. É preciso haver um trabalho em conjunto Escola e Comunidade. No que confere às Secretarias de Educação, este hábito deve ser cultivado entre seus diretores , professores e a comunidade.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
A Saúde da Mulher
"A humanização da atenção em saúde é um processo contínuo e demanda reflexão permanente sobre os atos, condutas e comportamentos de cada pessoa envolvida na relação. É preciso maior conhecimento de si, para melhor compreender o outro com suas especificidades e para poder ajudar sem procurar impor valores, opiniões ou decisões.
A humanização e a qualidade da atenção são indissociáveis. A qualidade da atenção exige mais do que a resolução de problemas ou a disponibilidade de recursos tecnológicos. E humanização é muito mais do que tratar bem, com delicadeza ou de forma amigável.
Para atingir os princípios de humanização e da qualidade da atenção deve-se levar em conta, pelo menos, os seguintes elementos:
– acesso da população às ações e aos serviços de saúde nos três níveis de assistência;
– definição da estrutura e organização da rede assistencial, incluindo a formalização dos sistemas de referência e contra-referência que possibilitem a continuidade das ações, a melhoria do grau de resolutividade dos problemas e o acompanhamento da clientela pelos profissionais de saúde da rede integrada;
– captação precoce e busca ativa das usuárias;
– disponibilidade de recursos tecnológicos e uso apropriado, de acordo com os critérios de evidência científica e segurança da usuária;
– capacitação técnica dos profissionais de saúde e funcionários dos serviços envolvidos nas ações de saúde para uso da tecnologia adequada, acolhimento humanizado e práticas educativas voltadas à usuária e à comunidade;
– disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos;
– acolhimento amigável em todos os níveis da assistência, buscando-se a orientação da clientela sobre os problemas apresentados e possíveis soluções, assegurando-lhe a participação nos processos de decisão em todos os momentos do atendimento e tratamentos necessários;– disponibilidade de informações e orientação da clientela, familiares e da comunidade sobre a promoção da saúde, assim como os meios de prevenção e tratamento dos agravos a ela associados;
– estabelecimento de mecanismos de avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos profissionais de saúde, com participação da clientela;
– estabelecimento de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação continuada das ações e serviços de saúde, com participação da usuária;
– análise de indicadores que permitam aos gestores monitorar o andamento das ações, o impacto sobre os problemas tratados e a redefinição de estratégias ou ações que se fizerem necessárias."
Somos à favor de um projeto existente como o Hospital da Mulher, que atende a mulher desde seu nascimento, até sua maturidade , como menopausa, osteoporose e etc.
Com ações de orientação e educação em saúde trabalhar a prevenção é o foco mais consistente da saúde pública, é muito mais barato prevenir a doença, do que passar pelo processo de internação e altos custos de um hospital. É bom prá administração pública, que não ficaria com o ônus do custo dos atendimentos.
A educação e prevenção pode ser feita nos postos de saúde da família, nos centros de saúde, nas comunidades.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
A Mulher e o Mercado de Trabalho
A evolução da mulher no mercado de trabalho.
As convenções do início do século ditavam que o marido era o provedor do lar. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. Mesmo assim algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar, ficou, para atrás a partir da década de 70 quando as mulheres foram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho.
O mundo anda apostando em valores femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição.
As mulheres ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo.
Não há um único gueto masculino que ainda não tenha sido invadido pelas mulheres. Não há dúvidas de que nos últimos anos a mulher está cada vez mais presente no mercado de trabalho. Este fenômeno mundial tem ocorrido tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, e o Brasil não é exceção.
É importante, no entanto, ressaltarmos que a inserção da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, não só no que tange à qualidade das ocupações que têm sido criadas tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere à desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Um pouco da história, a participação: Isso começou de fato com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho.
Mas a guerra acabou. E com ela a vida de muitos homens que lutaram pelo país. Alguns dos que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos.
No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmera mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas.
Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”.
Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse
modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem.
Achei este texto muito interessante, pois fala históricamente da mulher na evolução da sociedade.
Como eu não poderia de deixar de dar uma pincelada na minha própria história, eu tinha um tio, advogado, brilhante inclusive, que se casou com uma menina que foi sua aluna, num colégio de freira onde ele era professor, recém saída da escola de formação de "esposa", casada e querendo trabalhar, a cunhada arranjou um emprego para ela nos "Correios e Telégrafos", eis que meu tio invadiu a sala onde ela trabalhava de Código Civil na mão, provando que ela era "esposa" e tinha suas obrigações em casa, não poderia trabalhar fora do recinto do lar (?). Imaginem esta situação! Típica se uma sociedade patriarcal!